ESTUDO DA COSMETOLOGIA

23/08/2010 19:09


INTRODUÇÃO

A busca da beleza e da juventude é gera exigências cada vez maiores dos pacientes no desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e de novos procedimentos estéticos, pois, com o avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações como aparecimento de rugas, diminuição da espessura da epiderme, ressecamento, que modificam seu aspecto caracterizado pelo envelhecimento cutâneo.

A cosmética e os bioativos: atuam nas estruturas externas do corpo humano (pele e cabelos) de forma idêntica aos processos vitais, auxiliando o metabolismo com o objetivo direcionado a prolongar a juventude e retardar o envelhecimento.

A aparência pessoal é hoje requisito de grande importância em todos os segmentos, levando a população atual a dar maior valor a sua aparência, e buscar nos cosméticos as ferramentas para essa realização.

HISTÓRICO

O uso de cosméticos remonta há pelo menos 30.000 anos. Os homens da pré-história faziam gravações em rochas e cavernas, e também pintavam o corpo e se tatuavam.

Rituais tribais praticados pelos aborígines dependiam muito da decoração do corpo para proporcionar efeitos especiais, como a pintura de guerra. A religião era, também, uma razão para o uso desses produtos: Cerimônias religiosas freqüentemente empregavam resinas e ungüentos de perfumes agradáveis. A queima de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim quer dizer através da fumaça.
Aparentemente os Egípcios foram os primeiros usuários de cosméticos e produtos de toucador  em larga escala. Alguns minérios foram usados como sombras de olhos e rouge, assim como usavam extratos vegetais, como a henna. A famosa Cleópatra se banhava com leite de cabra para ter uma tez suave e macia, e incorporou o símbolo da beleza eterna. Também nesta época os faraós eram sepultados em sarcófagos que continham tudo o que era necessário para se manter belo. No sarcófago de Tutankamon (1400 aC) foram encontrados cremes, incenso e potes de azeite usados na decoração e no tratamento.
Durante a dominação Grega na Europa, 400 aC, os cosméticos tornaram-se mais do que uma ciência, estavam menos conectados aos religiosos do que aos cientistas, que davam conselhos sobre dieta, exercícios físicos e higiene, assim como, sobre cosméticos. 

Nos manuscritos de Hipócrates, considerado o pai da medicina, já se encontravam orientações sobre higiene, banhos de água e sol, a importância do ar puro e da atividade física. Nesta época, século II aC, venerava-se uma deusa da beleza feminina, chamada Vênus de Milo.

Na era Romana, por volta do uno 180 dC, um médico grego chamado Claudius Galen realizou sua própria pesquisa científica na manipulação de produtos cosméticos, iniciando assim a era galênica dos produtos químico-farmacêuticos. Galen desenvolveu um produto chamado Unguentum Refrigerans, o famoso Cold cream, baseado em cera de abelha e bórax.

Os famosos banhos romanos eram centro de discussões e reuniões sociais para os senadores e aristocratas da época, mas caíram posteriormente em atos imorais condenados pela religião.

Também nesta época surgiu à alquimia, uma ciência oculta que se utilizavam de formulações cosméticas para atos de magia e ocultismo. Também foi nesta época que Ovídio escreveu um livro voltado a beleza da mulher Os produtos de beleza para o rosto da mulher, onde ensina a mulher a cuidar de sua beleza através de receitas caseiras.

Com a Idade Média vieram os anos de clausura para a ciência cosmética, um período em que o rigor religioso do cristianismo reprimiu o culto à higiene e a exaltação da beleza, impondo recatadas vestimentas. Esta época também chamada de Idade das Trevas foi muito repressiva na Europa, onde o uso de cosméticos desapareceu completamente, por isso também é chamada de 500 anos sem um banho.

As Cruzadas devolveram a este período os costumes "do culto à beleza e a ternura",  que se incluíam os cosméticos e os perfumes.

Com o Renascentismo e com o descobrimento da América, no século XV, percebemos o retorno à busca do embelezamento. Todos os costumes e hábitos de vida da época são retratados pelos pintores, como por exemplo, a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, que retrata a mulher sem sobrancelhas, face ampla e alva, de tez suave e delicada. Miguelangelo também retrata na Capela Cistina os anjos, apóstolos, Maria - mãe de Jesus - e outros personagens, de forma clara, jovial cuja beleza é exaltada em sua plenitude. Porém, a falta de higiene persiste e os perfumes são criados para mascarar o odor corporal.

Durante a Idade Moderna, séculos XVII e XVIII, notam-se a crescente evolução dos cosméticos e também da utilização de perucas cacheadas. Neste período ainda persistiam os costumes de não tomar banho regularmente, o que proporcionou o crescimento da produção de perfumes, tornando-se de grande importância para a economia francesa desde o reinado de Luiz XIV. Contudo, o grande salto dos perfumes se deu quando Giovanni Maria Farina, cm 1725, estabeleceu-se em Colônia, na Alemanha. Lá ele desenvolveu a famosa água de colônia.

No final deste século, os Puritanos, liderados por Oliver Cromwell, trouxeram um outro período, no qual o uso de cosméticos e perfumes ficou fora de moda. Este, talvez, tenha sido o período mais negro da história dos cosméticos, principalmente quando o Parlamento Inglês em 1770 estabeleceu que: Qualquer mulher... que se imponha, seduza e traia no matrimônio qualquer um dos súditos de Sua Majestade, por utilizar perfumes, pinturas, cosméticos, produtos de limpeza, dentes artificiais, cabelos falsos, espartilho de ferro, sapatos de saltos altos, enchimento nos quadris, irá incorrer nas penalidades previstas pela Lei contra a bruxaria.... e o casamento será considerado nulo e sem validade.

Já na Idade Contemporânea, século XIX, período Vitoriano na Inglaterra, Isabelina na Espanha e dos déspotas esclarecidos na França pós Napoleão, os cosméticos retomaram a popularidade.

Os cosméticos e produtos de toucador eram feitos em casa, cada família tinha suas próprias e favoritas receitas. As mulheres passaram a expor um pouco o corpo e tomavam banho utilizando trajes fechados.
Foi um período rico para o surgimento de indústrias de matérias-primas para a fabricação de cosméticos e produtos de higiene nos Estados Unidos, França, Japão, Inglaterra e Alemanha. Estávamos presenciando o início do mercado de cosméticos e produtos de higiene no mundo.

No início do século XX, os cosméticos saíram das cozinhas e passaram a ser produzidos industrialmente. A liberação da mulher foi o fator fundamental para o sucesso dos cosméticos, uma vez que não se pode falar de cosméticos sem falar em mulher.

Uma jovem polonesa chegou a Melbourne, na Austrália, em 1902. Ela trazia consigo alguns frascos contendo cremes para a pele, preparados com receitas da família. A pele das mulheres australianas sofria devido aos efeitos do calor, do clima seco, impressionada por isso, Helena Rubinstein abriu seu primeiro salão de beleza. Mais tarde foi para os Estados Unidos e se tornou a principal força no desenvolvimento da indústria de beleza.

A principal concorrente de Helena Rubinstein neste campo foi Florence Nightingale Graham, mais conhecida como Elizabeth Arden. Ambas foram desafiadas por Charles Revlon, que estabeleceu sua empresa, Revlon, com um produto inicialmente - verniz de unha, posteriormente vindo a se chamar esmalte de unha.

Max Factor começou com maquiagem para teatro, na costa oeste dos Estados Unidos, mas logo percebeu o potencial do mercado doméstico de consumo.

David McConnell vendia livros (incluindo Bíblias) de porta-em-porta, adotou a estratégia de presentear com pequenas amostras de perfume cada venda. Ele rapidamente percebeu que seus clientes estavam mais interessados nos perfumes do que nos livros, assim surgiu a gigante empresa Avon.

No Brasil; na segunda metade do século, uma nova empresa surgia na Rua Oscar Freire em São Paulo, onde dois jovens talentosos desenvolviam produtos de beleza e ensinavam a forma correta de utilização, nascia ali a Natura Cosméticos. Em Curitiba, Paraná, um farmacêutico em sua botica manipulava fórmulas galênicas e perfumes, e em pouco tempo despontou para a indústria cosmética, transformando-se em O Boticário.

  • Nas últimas décadas a indústria cosmética brasileira tem evoluído por uma série de fatores:
    Avanços tecnológicos que devido à rapidez na sua transferência, permitiu que nossa indústria se beneficiasse dos avanços mundiais no setor.
  • A criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que materializou os anseios da indústria na desburocratização dos regulamentos que regem a fabricação de cosméticos, proporcionando, entre outros, o aumento na velocidade dos lançamentos de novos produtos, essencial para qualquer tipo de indústria que segue os ditames da moda.
  • As atividades das entidades privadas representativas do setor: ABC - Associação Brasileira de Cosmetologia, representando os químicos cosméticos, e dos representantes das empresas do setor, liderados pela Associação Brasileira de Produtos de Higiene, Perfumes e Cosméticos e do Sindicato das Indústrias de Produtos de Toucador  do Estado de São Paulo - Abihpec/Sipatesp, cujo trabalho associativo proporcionou resultados no aprimoramento as atividades da indústria.
  • O surgimento das sociedades médicas de dermatologia e de cirurgia plástica, das sociedades profissionais de estética, entre outras, que instituíram o uso dos cosméticos específicos com muitos dos seus procedimentos.
  • Evidentemente, não se pode deixar de mencionar o motivo principal da indústria - o consumidor - que se tornou mais exigente com a qualidade e com os benefícios prometidos.

No final do século XX, a ciência dos cosméticos foi um fato inegável, pois trabalha não só no embelezamento do corpo, melhorando a imagem pessoal, mas também contribuindo para a prevenção não só do envelhecimento da pele como também de outros fatores nocivos à saúde.

 

 

LEGISLAÇÃO

Portaria nº 348, de 18 de agosto de 1997.

Ementa: Determinar a todos os estabelecimentos produtores de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, o cumprimento das Diretrizes estabelecidas no Regulamento Técnico - Manual de Boas Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.

 

Resolução nº 481, de 23 de setembro de 1999.

Ementa: Estabelece os parâmetros de controle microbiológico para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes conforme o anexo desta resolução.

 

Resolução RDC nº 162, de 11 de setembro de 2001.

Ementa: Estabelece a Lista de Substâncias de Ação Conservantes para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.

 

Resolução RDC nº 237, de 22 de agosto de 2002.

Ementa: Aprova Regulamento Técnico Sobre Protetores Solares em Cosméticos.

 

Resolução RDC nº 277, de 22 de outubro de 2002.

Ementa: Amplia a proibição contida no art. 1º da RE nº 552, de 20 de abril de 2001, a todas as formas farmacêuticas de medicamentos anti-sépticos de uso tópico indicados para uso infantil contendo ácido bórico e dá outras providências.

 

Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005.

Ementa: Ficam estabelecidas a Definição e a Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme Anexos I e II desta Resolução.

 

Resolução RDC nº 215, de 25 de julho de 2005.

Ementa: Aprova o Regulamento Técnico Listas de Substâncias que os Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes não Devem Conter Exceto nas Condições e com as Restrições Estabelecidas, que consta como Anexo e faz parte da presente Resolução.

 

Resolução RDC nº 48, de 16 de março de 2006.

Ementa: Aprova o Regulamento Técnico lista de substâncias que não podem ser utilizadas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

 

Resolução RDC nº 47, de 16 de março de 2006.

Ementa: Aprova o Regulamento Técnico lista de filtros ultravioletas permitidos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

 

MERCADO COSMÉTICO

EVOLUÇÃO

A Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresentou um crescimento médio deflacionado composto de 10,7% nos últimos 5 anos, tendo passado de um faturamento Ex Factory, líquido de impostos sobre vendas de R$ 7,5 bilhões em 2000 para R$ 15,4 bilhões em 2005. A queda em dólares, US$ 3,3 bilhões em 2002 versus US$ 4,1 bilhões em 2000 e US$ 3,6 bilhões em 2001, reflete a maxidesvalorização ocorrida em 1999, em 2001 e em 2002. Já o crescimento em dólares em 2004 e 2005 foi influenciado pela apreciação do real, na média do ano, em relação ao dólar de 3,9% em 2004 e 17,7% em 2005 (FIGURA 1): 

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17,7% em 2005 (FIGURA 1): 

Vários fatores têm contribuído para este excelente crescimento do Setor, dentre os quais destacamos:
Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho;

  • A utilização de tecnologia de ponta e o conseqüente aumento da produtividade, favorecendo os preços praticados pelo setor, que têm aumentos menores do que os índices de preços da economia em geral;
  • Lançamentos constantes de novos produtos atendendo cada vez mais às necessidades do mercado;
  • Aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude.

CRESCIMENTO DO SETOR vs CRESCIMENTO DA ECONOMIA

Com exceção do ano 2004, o País apresentou índices baixos de crescimento nos últimos anos. O quadro abaixo compara a evolução do Produto Interno Bruto, com a da indústria em geral e com os índices da Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, demonstrando que o setor apresentou neste período, crescimento bem mais vigoroso que o restante da indústria (10,7% de crescimento médio no setor contra 2,2% do PIB Total e 2,1% da Indústria Geral) (FIGURA 2):

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 FIGURA 2: Comparação do crescimento do mercado cosmético como mercado geral

Vários fatores têm contribuído para este excelente crescimento do Setor, dentre os quais destacamos:

  •  Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho;
  • A utilização de tecnologia de ponta e o conseqüente aumento da produtividade, favorecendo os preços praticados pelo setor, que tem aumentos menores do que os índices de preços da economia em geral;
  • Lançamentos constantes de novos produtos atendendo cada vez mais às necessidades do mercado;
    Aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude.

icon_arrowMercado Cosmético

A próxima FIGURA (FIGURA 4) mostra a balança comercial dos produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos nos últimos cinco anos, demonstrando um crescimento acumulado de 120,7% nas exportações entre 2001 e 2005, enquanto que as importações diminuíram 4,1% no mesmo período.O déficit comercial do setor, que atingiu US$ 163,1 milhões em 1997, foi sendo reduzido nos anos seguintes, atingindo US$ 8 milhões em 2001 e, a partir de 2002, revertido para resultados superavitários.Em 2005, o superávit atingiu US$ 196,3 milhões, um crescimento de 12% sobre 2004, apesar do significativo aumento nas importações provocado pela apreciação do real. 

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FIGURA 4: Balança comercial brasileira de produtos cosméticos

Por grupo de produtos, as exportações brasileiras de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, apresentaram a seguinte composição em 2005 (FIGURA 5):

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 FIGURA 5: Composição dos produtos de higiene.

Perfil Empresarial

A América do Sul tem sido o principal mercado brasileiro para os produtos do Setor, porém, dada a conquista de mercados não tradicionais, a participação das exportações para os países Sul-Americanos foi reduzida entre 2001 e 2004. O aumento na participação em 2005 foi provocado pela recuperação da economia Argentina.

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PERFIL EMPRESARIAL

Existem no Brasil 1.415 empresas atuando no mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, sendo que 15 empresas de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima dos R$ 100 milhões, representam 73,4% do faturamento total. As empresas estão distribuídas por região/estado da seguinte forma:

 

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FIGURA 6: Divisão do mercado produtivo de cosméticos em 2006.


MERCADO BRASILEIRO

Em relação ao mercado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, conforme dados do Euromonitor de 2005, o Brasil ocupa a quarta posição. É o segundo mercado em desodorantes e em produtos infantis, terceiro em produtos para cabelo e perfumaria; o quarto em higiene oral; o quinto em banho e produtos masculinos; sétimo em cosmético cores; oitavo em proteção solar; o nono em pele; e o décimo em depilatórios.

CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Os produtos do setor são distribuídos através de três canais básicos:

  • Distribuições tradicionais, incluindo o atacado e as lojas de varejo,
  • Venda direta, evolução do conceito de vendas domiciliares,
  • Franquia, lojas especializadas e personalizadas.
   

CONCEITOS BÁSICOS E NOÇÕES GERAIS

DEFINIÇÕES

  • Cosmecêuticos: produtos cosméticos com propriedades terapêuticas. Este termo não é reconhecido pela ANVISA.
  • Cosmético: originalmente, era o nome dado às substâncias naturais destinadas a suavizar o cabelo e dar-lhe brilho. Depois da primeira guerra, o domínio dos produtos de beleza aumentou e o nome cosmético tomou sentido mais amplo, designando toda substância de origem animal, vegetal e mineral utilizada para limpar, hidratar, corrigir, embelezar e proteger sem irritar, sensibilizar ou causar qualquer alteração fisiológica oriunda de sua permeação cutânea ou sistêmica a pele e seus anexos (cabelos, unhas, dedos);
  • Cosmetologia: ciência que serve de suporte à fabricação dos produtos de beleza e permite verificar as suas propriedades, estuda as matérias-primas e os produtos cosméticos destinados ao embelezamento, limpeza, manutenção e melhoria das características do cabelo, pele e seus anexos;
  • Cosmetologista: técnico que estuda e aprimora as formulações e fabrica produtos de beleza, aplicando os métodos científicos determinados pela cosmetologia;
  • Embalagem Primária: envoltório ou recipiente que se encontra em contato direto com os produtos.
  • Embalagem Secundária: é a embalagem destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias.
  • Esteticista: profissional que sabe escolher os cosméticos, segundo as suas propriedades, qualidades e indicações e os aplica de acordo com as técnicas e métodos ligados à profissão;
  • Garantia da Qualidade: Todas as ações sistemáticas necessárias para prover segurança de que um produto ou serviço irá satisfazer os requerimentos de qualidade estabelecidos.
  • Material de Embalagem: Cada um dos elementos de acondicionamento que estarão no produto final conforme entrem ou não em contato com o produto, dividem-se em primários ou secundários.
  • Matéria-Prima: Qualquer substância envolvida na obtenção de um produto a granel que faça parte deste na sua forma original ou modificada.
  • Prazo de Validade: tempo em que o produto mantém suas propriedades, quando conservado na embalagem original e sem avarias, em condições adequadas de armazenamento e utilização. 
  • Produto a Granel: Produto que sofreu todas as etapas de fabricação, à exceção do envase e embalagem.
  • Produto Acabado: Produto pronto para ser colocado no mercado.
  • Produto Semi-Acabado: Produto obtido a partir de um envase primário, que necessita no mínimo de uma operação posterior antes de ser considerado um produto terminado. 
  • Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. 
  • Sistema da Qualidade: Estrutura organizacional de procedimentos e recursos para implementar a Administração da Qualidade.

CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS

A classificação de cosméticos, produtos de higiene, perfumes e outros de natureza e finalidade idênticas está baseada nos artigos 3° e 26° da Lei 6.360/76 e artigos 3°, 49° e 50°, do Decreto 79094/77. 

Os grupos de produtos estão enquadrados em quatro categorias e classificados quanto ao grau de risco a que oferecem dada a sua finalidade de uso, para fins de análise técnica, quanto do seu pedido de registro, a saber: 

A - Categorias: 

  • Produto de Higiene
  • Cosmético
  • Perfume
  • Produto de Uso Infantil

B - Grau de Risco:

  • Grau 1 - Produtos com risco mínimo, ou seja, são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto
  • Grau 2 - Produtos com risco potencial, ou seja, são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação possue indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso.

Categoria do Produto

Os critérios para essa classificação foram definidos em função da finalidade de uso do produto, áreas do corpo abrangidas, modo de usar e cuidados a serem observados, quando de sua utilização.

Exemplo:

CATEGORIA: PRODUTO DE HIGIENE

 

GRUPO                                       

         GRAU                 

 

Sabonetes (líquidos, gel, cremoso ou sólido)

 

Sabonete facial e/ou corporal 

1                                          

Sabonete abrasivo/esfoliante   

Sabonete anti-séptico  

Sabonete desodorante                             

Outros 

  a definir 

 

Produtos para Higiene dos Cabelos e Couro Cabeludo (líquido, gel, creme, pós ou sólido)

 

Xampu 

1                                              

Xampu condicionador 

Xampu para lavagem a seco 

Xampu anti-caspa 

 Creme rinse 

Enxaguatório capilar 

Condicionador 


OBRIGADO PELA SUA VISITA, VOLTE SEMPRE.