Farmacêutico

08/06/2010 10:23

 

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Um boticário, termo utilizado no passado para referir-se ao farmacêutico

Os farmacêuticos são profissionais da saúde de tradição milenar, sucessores dos boticários, experts no uso de fármacos emedicamentos e suas consequências ao organismo humano ou animal. De uma maneira geral, podem trabalhar numa farmáciahospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicascosméticosagricultura, prevenção de pragas, distribuição, transporte e desenvolvimento de medicamentos, entre outras funções e lugares. [1]

Peritos no desenvolvimento, produção, manipulação, seleção e dispensação de medicamentos, este profissional, presta o trabalho deassistência farmacêutica,[2]e pode assumir responsabilidade técnica de laboratórios de análises clínicas, distribuidoras, farmácias, etc.[3]Podem também atuar na pesquisa e controle de qualidade de hemocomponentes e hemoderivados. Na área alimentar responsabilizam-se tecnicamente pela análise, interpretação e emissão de laudos. Com curso específico é habilitado para fazeracupuntura. No Brasil, podem exercer cerca de 71 atividades diferentes.[4]

Na antiguidade o farmacêutico elaborava medicamentos a partir de princípios ativos presentes na natureza. Nos tempos modernos, os fármacos em sua maioria, são de origem sintética.


História

História da profissão em Portugal

Uma botica

Inicialmente os farmacêuticos eram designados por boticários, ou seja, aqueles que trabalhavam em boticas. Sabe-se da existência de boticários em Portugal desde o século XII.

O primeiro diploma referente à profissão farmacêutica que se conhece em Portugal data de 1338. Reflectindo a importância do papel do boticário,Tomé Pires (c.1465 -1540), boticário de D. Manuel I, foi enviado para a Índia em 1511 como Feitor das Drogas em Cananor. A sua missão era analisar, seleccionar e adquirir as drogas orientais (muitas das especiarias tinham aplicações medicinais), destinadas às naus da Carreira da Índiano período dos descobrimentos. A 27 de Janeiro de 1516, Tomé Pires enviou de Cochim um Rol de Drogas onde descreve de forma pioneira a origem das drogas asiáticas e explica a situação geográfica e política das terras mencionadas. A sua informação terá sido a primeira que forneceu pormenores sobre a sua origem, enumerando algumas características de drogas tão diversas como aljôfar, o aloés, a alquitira, o âmbar, o bálsamo, o bedélio, o cátamo aromático, a canafístula, a canela, a cânfora, o carpobálsamo, a casa línea, a erva lombrigueira, a escamónes, o espiquenardo, o esquinanto, o estoraque liquido, a galanga, a goma arábica, as gomas fétidas, o incenso, espódio, o lápis-lizúli, o linaloés, os mirabólanos, amirra, a múmia, o ópio, a palha-de-meca, os rubis, o ruibarbo, o sal amoníaco, a sarcacola, o sene, os tamarindos, o tincar, a turbite, o xilo e a zedoária. Tomé Pires teve o propósito de esclarecer o rei de Portugal sobre a geografia vegetal exacta dos produtos em que era perito, anotando a qualidade, a proveniência, o valor e a maneira de os obter e comercializar. Este objectivo foi amplamente concretizado na Suma Oriental que redigiu em Malaca e na Índia, entre 1512 e 1515. Destacou-se depois como o primeiro embaixador português na corte chinesa, sendo autor de Suma Oriental (1515), onde descreve as plantas, drogas medicinais do Oriente e além de aspectos medicinais E também exaustivamente todos os portos de comércio, de interesse potencial para os portugueses no Oceano Índico.


Formação

A formação de um farmacêutico, começa com o curso superior (actualmente Mestrado Integrado) em Ciências Farmacêuticas. Terminado o curso e inscrição como Farmacêutico naOrdem dos Farmacêuticos, é esta organização profissional que atribui o titulo de farmacêutico, vem a especialização. A especialidade, é uma formação complementar, com duração variável (mínimo de 4 anos), à qual o farmacêutico concorre junto da Ordem dos Farmacêuticos, e onde se especializa numa determinada área de intervenção, durante uma formação continuada e supervisionada por um Farmacêutico Especialista (responsável pela especialização), no final o Farmacêutico obtém o titulo de Farmacêutico Especialista numa determinada área de intervenção, com a agregação no Colégio dessa especialidade na Ordem dos Farmacêuticos. Actualmente existem os seguintes colégios de especialidade na Ordem dos Farmacêuticos: Análises Clínicas, Farmácia Hospitalar, Industria Farmacêutica, Farmácia Comunitária e Assuntos Regulamentares.

Ao longo da sua vida profissional, os farmacêuticos, para manterem o seu título profissional e a autorização para exercer a sua profissão, têm obrigatoriamente (estabelecido em diploma legal) de fazer cursos de formação contínua, que lhe dão créditos (pontos) para a revalidação da carteira profissional e, se não obtiverem os créditos necessários, são excluídos da profissão.

Os farmacêuticos portugueses comemoram o Dia Nacional dos Farmacêuticos no dia 26 de setembro.


História da profissão no Brasil

Os primeiros europeus, degradados, aventureiros, colonos entre outras figuras da sociedade que chegaram até o Brasil, deixados por Martin Afonso, sem opção, tiveram que render-se aos tradicionais ensinamentos dos pajés, utilizando ervas naturais para o combate de suas chagas.[5]

Medicamentos oficiais da Europa, só apareceram quando algum navio português, espanhol ou francês surgiam em expedição, trazendo o cirurgião barbeiro ou uma botica com diversas drogas e curativos.[5]

Foi assim até a instituição do Governo Geral, de Thomé de Souza, que chegou na colônia com diversos religiosos, profissionais e entre eles Diogo de Castro, único boticário da grande armada, que possuia salário e função oficial. Os jesuítas acabaram assumindo funções de enfermeiros e boticários.[5]

Inicialmente, todo medicamento vinha de Portugal já preparado. Todavia, as ações piratas do século XVI e a navegação dificultosa impediam a constância dos navios e era necessário fazer grande programação de uso, como ocorria em São Vicente e São Paulo. Devido a estes fatos, os jesuítas foram os primeiros boticários do Brasil, onde seus colégios abrigavam boticas. Nestas, era possivel encontrar remédios do reino e plantas medicinais.[5]

Em 1640 foi legalizado as boticas como ramo comercial. Os boticários eram aprovados em Coimbra pelo físico-mor, ou seu delegado, na então capital Salvador. Tais boticários, devido a facilidade de aprovação, eram pessoas de nível intelectual baixo, por vezes analfabetos, possuindo pouco conhecimento sobre os medicamentos. Comerciantes de secos e molhados se juntavam com boticários para sociedade e isto era prática comum na época.[5]

Em 1744, o exercício da profissão passou a ser fiscalizado severamente, devido a reforma feita por Dom Manuel. Era proibido ilegalidades no comércio das drogas e medicamentos.[5]


O ensino de farmácia só iniciou-se no Brasil em 1824; porém, ainda em 1809, o curso de medicina do Rio de Janeiro (cadeiras: Medicina, Química, Matéria Médica e Farmácia) era instituído e o primeiro livro daquela faculdade foi escrito por José Maria Bontempo, primeiro professor de farmácia do Brasil.[5]

Em 1825, ocorre a consolidação do curso com a criação da Faculdade de Farmácia da Universidade do Rio de Janeiro.[5]

Muitos cursos então surgiram. E em 1857, através do decreto 2055, foi estabelecido condições para boticários não habilitados mantivessem suas boticas. Isto ocorreu devido à atitude dos legisladores, leigos em questões de farmácia.[5]

Somente em 1886 é que o boticário deixa de existir e a figura do farmacêutico ganha força.[5] Para exercer a profissão de farmacêutico no Brasil é necessário está escrito no Conselho Regional de Farmácia referente ao estado de atuação.

No Brasil é comemorado no dia 20 de janeiro por tradição o Dia do Farmacêutico. Esta data é alusiva à fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF) em 20 de janeiro de 1916 e que é comemorada desde 1942 mas que só foi oficializada em 2007 com a publicação da Resolução no. 460 de 23.03.2007 do Conselho Federal de Farmácia.


História do ensino farmacêutico no Brasil

A história do ensino farmacêutico no Brasil, inicia-se em 1832, com a Faculdade de Farmácia no Rio de Janeiro associada à Faculdade de Medicina e Cirurgia, e é caracterizada pela tentativa de unificar o modelo educacional. O quadro do farmacêutico ligado somente a medicamentos começa a mudar. Em 1897 começa a funcionar em Porto Alegre a Escola Livre de Farmácia e Química Industrial.[6]

Em 1956 o farmacêutico Julio Fernando Flavio obtém um mandato


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